Exposição Colectiva de Joalharia Cerâmica no Museu da Cerâmica das Caldas da Rainha - Agosto 2012

12 agosto 2012






Projecto Panchakarma

25 abril 2012

Morus

17 outubro 2011

menos é mais :)

13 outubro 2011

Joalharia e Cerâmica

14 setembro 2011

Projecto Morus - Ideias e Conclusões

21 agosto 2011


O Design, numa perspectiva pessoal, passa pela interiorização e pela absorção de cultura, o mais abrangente possível. Existe em cada ser humano a semente do gosto por cada área da vida, e a diferença está apenas no que cada um faz desabrochar; ou seja, qualquer barreira existente no entendimento parte antes de mais nada de uma predisposição pessoal para explorar e experimentar o inexplorado. A tendência crescente é para homogeneizar os gostos, os tactos, os gestos, os saberes, a falta de imaginação, despoetizar a vida…

O papel do designer passa um pouco pelo não deixar morrer essa memória sensorial, acumulada em milénios na consciência global. É necessária uma responsabilidade perante aquilo que se elabora, e as suas consequências reflectidas nas pessoas, no meio ambiente, no progresso; há que haver uma atitude pedagógica, que estimule a pessoa mais simples a deliciar-se com os hábitos rituais do quotidiano, através de objectos e ideias que ajudem o atravessar da vida, e também, neste caso, a morte, em harmonia.

Este projecto nasceu da necessidade de desmistificar tudo o que se relacione com a Morte e os seus ritos, como forma de alentar as pessoas que com ela entrem em contacto, encarando-a de uma forma mais leve e suave. A construção deste projecto alimentou-se de um aprofundar do tema, em que ressurgem os padrões da regeneração, e um redoar à Morte a sua perspectiva ritualista, que permitiu ao longo de gerações, que as pessoas a fossem confrontando sem medo, cientes do ciclo que integravam.


Abordar este tema acabou por ter um efeito de catarse perante o percurso até agora percorrido. A Morte constitui um aspecto do ciclo que não permite barreiras; Nela o Tempo e o Espaço dissolvem-se criando o momento único da dor, da despedida, mas também da regeneração. Ver a Morte de um ponto de vista funcional, ser susceptível às percepções, mágoas, afectos, rituais, que a caracterizam foi fundamental para o projecto; os objectos funerários actuais, em nada contribuem para o alívio do pesar que a Morte traz; com o intuito de emancipar o seu contexto mórbido recorri aos ícones formais do nascimento, que constituem esperança, como o ovo, contentor generoso de vida e de regeneração, que é aqui remetido ao papel de recipiente para um novo estado de “vida”, que tem lugar durante a Morte.